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janeiro 28, 2013
janeiro 27, 2013
Ressignificando
Hoje, 29/10/2012, faz exatamente um ano que
"uma" das dores que a vida me apresentou, bateu à porta. Lembro-me naqueles
dias, em que, arrastada fui a um sítio lindo com meus filhos. Tinha um lago
grande e ajoelhei-me à sua beira, mergulhei minha mão na água fria. Quase com
medo, olhei e me vi dentro do lago, e, mesmo naquela água tão límpida, meu
reflexo estava distorcido. Era a sombra de um futuro que não existiria mais.
Havia ainda tanto daquela vida que não seria vivida dentro de mim. Os
bougainvilles coloridos em torno, mesmo belos, estavam vergados, como eu. O sol
se pondo, lindo, rabiscando o céu azul com nuances de vermelho e rosa,
prenuncio de um entardecer de primavera. Tudo ali era de uma cadência que
acariciava a alma, tão diferente da minha vida naquele momento, onde eu buscava
desesperadamente encontrar uma simetria. Sentia-me ferida e frágil. E entendi
com o tempo que estar ferida e frágil, geram mais ferida e fragilidade.
Sabia que eu era livre para acreditar nas
minhas escolhas, e que, o que minhas atitudes mostravam era aquilo em que eu
acreditava. Faltava redescobrir no que eu acreditava naquele momento, para fazer
as mudanças e recomeçar. Foi o que fiz. Em um dia de chuva forte, desci as
escadas da minha casa e parei sob ela. Enquanto os pingos grossos e gelados
pareciam furar minha pele e congelar meu sangue, eu pedia a Deus que, por favor,
lavasse a dor. Com o tempo, aquela sensação de imperfeição e inutilidade foi
dando lugar a mim mesma e percebi que eu começava meu caminho de volta e
relembrei aquilo que sempre defendi - todas as decisões nascem daquilo que
acreditamos ser, e mostram o valor que damos a nós mesmos.
Eu sabia que em algum lugar dentro de mim
estava a verdadeira paz, e que eu não dependia de nada para encontrá-la. Admiti
meus erros, me perdoei, libertei a dor e me agarrei à crença que tenho de que
não há erro que não possa ser corrigido e nem transgressão que não possa ser
perdoada, e, nesse momento, voltei a escutar sons, sentir cheiros, ver cores.
Voltei à vida. Ao abandonar a posição de vítima signifiquei aquela dor,
ressignifiquei minha vida e segui com a coragem de sempre.
Li certa vez que, em todas as dificuldades,
aflição e perplexidade, Cristo chama-nos e suavemente diz: "Meu irmão, escolhe
outra vez."
Este texto me diz muito... ele é do blog da minha amiga Marcela tenho a impressão que foi escrito para mim. Obrigada amiga. Bjus no coração.
janeiro 22, 2013
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